A mediunidade é coisa Santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. O médium recebe de DEUS um dom gratuito, para servir de intérprete aos espíritos, para instrução dos homens. DEUS quer que a luz do esclarecimento chegue a todos os Seus filhos, não quer que o mais pobre fique dela privado e possa dizer: não tenho fé, porque não pude pagar.

A mediunidade não é privilégio de ninguém. Cobrar por ela é desviá-la de seu objetivo. Quem conhece as condições em que os espíritos de luz se comunicam, percebe a repulsa que sentem por tudo o que é interesse egoístico. É também uma profanação evocarmos, por dinheiro, os espíritos que nos são caros ou que respeitamos.

Mediunidade é assunto sério e nunca será uma profissão.

A mediunidade não é uma arte, não é talento, portanto nunca poderá tornar-se uma profissão. DEUS leva em conta o devotamento e os sacrifícios da mediunidade e sente repugnância por aqueles que fazem da mediunidade uma escada, por onde possam subir materialmente. A moral do médium é tudo o que ele possui, não apenas no sentido de cobrar por ela, mas em  todo  e qualquer abuso, seja no orgulho, na vaidade, no egoísmo e principalmente, no desrespeito às leis de DEUS.  A moralidade do médium refletirá diretamente em seu desenvolvimento mediúnico. Uma vez moralmente incorreto, irá cercar-se de espíritos da mesma faixa vibratória e esse fato irá trazer-lhe SÉRIOS TRANSTORNOS em sua vida presente e futura.

Nunca aceite qualquer retribuição por trabalhos que realizar.  Se ocorrer um dia, de vir a ser presenteado por alguém, aceite o presente,  para não entristecer quem o presenteia por gratidão, em seguida, presenteie aquele que necessitado está do objeto.

No tocante ao desrespeito às leis de DEUS, a moralidade do homem está a essas leis diretamente ligada. O conceito de moral diverge de uma civilização para outra, o que  é imoral para uma civilização pode não ser em outra. Os Umbandistas seguem  a doutrina de Jesus Cristo (Oxalá na Umbanda), desta forma o Evangelho Cristão é o Evangelho  do Umbandista.

Jesus expulsou os vendilhões do Templo para deixar como exemplo, que religião não é comércio, esse exemplo de Jesus se transformou em lei e a lei uma vez desobedecida causa aumento pesado de Karma em seu infrator. 

Não abuse da pouca liberdade que possui, nossos Guias espirituais sempre nos transmitem o seguinte ensinamento:

DEUS O OBRIGARÁ A CEIFAR AONDE ELE NUNCA PLANTOU.

O ensinamento é claro; Deus não nos ensina o mal, porém uma vez praticado o mal colheremos o resultado de nossos atos através da lei de causa e efeito e obviamente ocorrerá  o aumento da carga kármica.

Comentário do Pai de Santo

No dia 01 de Setembro de 1991, o Caboclo Arranca Toco reuniu a pequena corrente que se iniciava (éramos perto de 10 pessoas) juntamente com a abertura do terreiro. Nessa noite o Caboclo fez a imantação das imagens e do gongá. Nos momentos seguintes, pediu para que anotassem algumas regras para podermos continuar com o nosso trabalho e a primeira regra foi esta:

“Se algum dia vocês pedirem para qualquer pessoa uma moeda para permitir a ela o ingresso nesta casa, eu irei embora e levarei os meus comigo”.

A primeira regra deixou claro que se algum dia eu ou outros que estivessem comigo tentassem viver ou ganhar dinheiro através dele e de seus enviados, que ele iria embora e não voltaria mais.

Agora analise comigo:
O Caboclo falou de uma moeda que pode ser representada por R$ 0,01 (um centavo de Real). O que você consegue comprar com R$ 0,01? Você não consegue comprar nem uma bala para dar a uma criança. O que o Caboclo quis dizer, foi que não importa o valor monetário da cobrança e sim, a imoralidade de cobrar por qualquer coisa que se faça dentro da religião de Umbanda.

Portanto, o rígido caráter do Caboclo Arranca Toco nos ensinou que ninguém tem o direito de explorar o seu próximo através da mediunidade. Indagado sobre como fariamos para manter as necessidades da pequena casa que se iniciava, o caboclo respondeu:

“Trabalhem e voces manterão a porta aberta”.

E assim nos ensinam todos os Guias da Umbanda.

Um dia todos prestarão contas de todo dinheiro arrecadado em nome de Deus ou de Jesus, sejam eles, médiuns ou Pais de Santo mistificadores, pastores evangélicos, padres, rabinos, monges ou outros.

Nessa ocasião, que se expliquem!

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